sexta-feira, 13 de abril de 2012

Osteoartrose de joelho



                A osteoartrose (OA) é a doença articular mais freqüente, sendo a primeira causa de dor músculo esquelética. De maneira simplista podemos compreender a OA como insuficiência qualitativa e quantitativa da cartilagem articular associada a alterações típicas do osso subcondral.
                As articulações mais freqüentemente acometidas são a metatarsofalangeana do hálux, mãos (interfalangeanas proximais e distais e primeira carpo-metacarpiana), joelhos e quadris, além da coluna vertebral.
                OA de joelhos é mais prevalente no sexo feminino e sabe-se que entre 50 e 60 anos, é mais freqüente em negras do que em brancas. Além da forma idiopática, a OA pode ser secundária a uma série de fatores como distúrbios genéticos relacionados ao colágeno tipo 2, obesidade, cirurgia articular prévia, trauma articular importante.
                É importante salientar que praticamente todas as pessoas apresentam sinais radiográficos de OA a partir dos 65 anos, mas, a dor e a incapacidade funcional estarão presentes em torno de apenas 10% dos indivíduos, ressaltando que a doença não é conseqüência natural do envelhecimento.
                Nos joelhos, os pacientes queixam-se inicialmente de dor e instabilidade ao descer e subir escadas. Quase a metade dos pacientes com OA de joelhos têm desvios articulares, sendo mais comum o varismo decorrente da redução do espaço articular no compartimento medial. Pode ser uni ou bilateral e é a mais relacionada com obesidade. Pode acometer toda a articulação ou apenas um compartimento dela. O comprometimento medial é o mais acometido (75% dos casos), seguido pelo patelofemoral (50%).
                O sinal radiológico clássico da OA são os osteófitos decorrentes da proliferação óssea nas margens da articulação e a redução assimétrica do espaço articular ao lado da esclerose do osso subcondral (acentuação da hipotransparência na região subcondral). Com a evolução da doença podem surgir cistos (imagens radioluscentes arredondadas na região subcondral) e deformidades ósseas. Deve-se salientar que apesar da radiologia ter papel importante na avaliação diagnóstica da OA, é muito freqüente a chamada dissociação clínico-radiológica, ou seja, pacientes com grande comprometimento clínico e poucas manifestações radiológicas e vice-versa. Esta dissociação é mais freqüente no esqueleto axial e mãos e menos freqüentemente encontrado nas articulações do quadril e joelho. Assim, o diagnóstico e o planejamento terapêutico da OA devem ser baseados quase que exclusivamente no quadro clínico do paciente.
                O American College of Rheumatology determina para o diagnóstico:
·     *    Dor no joelho (critério obrigatório) mais osteófitos no Raio x  ou
·   * Rigidez matinal < 30 minutos, mais crepitação com a movimentação, mais idade > 40 anos ou líquido sinovial típico de OA.                
 Bibliografia: Atualização Terapêutica 2007

                                                              Radiografia de Joelho normal

Radiografia Joelho: osteoartrose

Apostila Medcurso



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